Wednesday, May 31, 2006

Fafá Maia - minha musa EXpiradora - mandou essa pérola:

Mas só posso dar uma EXpiração, porque se alguém um dia te der uma EX-piração, ai nada mais vai ter graça.

Tuesday, May 30, 2006

Érica

Érica deseja:
Quer caminhar
E caminhar.

A outra metade,
Seu mucamo,
anda.

Enquanto, sentada,
ela come farinha.
Érica, tão linda.

Tão linda, tão cansada.
Tanta força, tanta vida represada.
Mas a vida quer sair, não é?

E fica lá, comendo sua farinha,
Louca pra fazer metade do caminho
Enquanto que lá vem o mucamo já fazendo seu destino.

E ele anda tanto,
Tanta energia pra dividir com ela...
Érica, morena de alma bela.

E o mucamo?
Há um caminho sob seus pés.
E sob sua caminhada há vontade.

Vontade de poder,
Vontade de agir,
Vontade de chegar até ela.

Vontade de coisas simples:
Ver as cores que ela vê.
Ou apenas chegar até onde ela está

Sentir o cheiro que ela sente
Sentir o calor que ela sente.
Pois frio juntos nunca sentiriam.

(Fafá Maia e Gomes Old Man)

Sunday, May 28, 2006

O doceiro e a cerveja

O doceiro bebia cevada
A cevada se sentia bebida pelo doceiro
O doceiro era mais doce quando bebia
E a cevada era mais cevada quando sorvida

O frescor da cerveja bebida não tem preço para o doceiro
Nem para ninguém...
É apenas cevada sorvida
O doceiro era mais sorridente quando bebia
Já quando vendia, fazia os outros de sorridente
Ao dispor de balas e beijos tão belos de contentes

O cervejeiro era docente quando ensinava a dor da vida de algum dia
Quem ouvia, via que o ensino era bebida experimentada doce
O doce do ensino era sentido extraído da vida sofrida
Da vida de um doceiro triste que de tão triste se doía.

A dor era uma espécie de amor dolorido da falta de Amanda
Amanda era a bebida que o doceiro bebia
Amava, de tão grande amor Amanda, que vendia doces e fazia o mundo mais doce.
Mas Amaro - esse era o nome do doceiro que bebia - sofria.
E era um sofrimento doce, um doce veneno que se ardia.
Só com um belo gole de cerveja que ele sorria.
Quando não bebia, ele apenas sentia a Amanda presa ainda em sua garganta.
Bebia para fazer Amanda descer para o fígado.
Mas Amanda nunca descia.

O doceiro, um dia, resolveu comer dos doces.
Nunca havia visto sentido nas guloseimas que vendia
E sentiu o perfume de Amanda
Então parou de beber.

Ficou um gordo que, Amandamente, se entregava aos prazeres do chocolate.
O doceiro então foi para terapia.
Lá percebeu que Amanda era um vagalume, que feito lantejoula, ainda brilhava em sua lapela ferida e disse:
“Eu lhe dei dos meus melhores dias”

Cansado da Amada, Amaro expurgou sua dor
E hoje ele voltou a beber. Dessa vez com uma mais pura alegria!

(cevadamente escrito por Sérgio Lízias)

Saturday, May 27, 2006

O mundo é meu alimento.
Pelo menos na medida em que eu o mordo e tento.
Mas eu não posso comer tudo ao mesmo tempo.
Por isso eu faço um experimento.

Tuesday, May 23, 2006

Sonhei guerreando na idade média.

Cavalos,
Espadas,
Escudos...
E eu sou um arqueiro.

Tenho a capacidade.
Tenho um alvo.
Tenho o arco.
Tenho a flecha.
Tenho o desejo.

E segura a onda que a capacidade,
O alvo,
O arco,
A flecha
O desejo...
Tudo isso sou eu.

Que não sobre pedra sobre pedra,
Pois como disse um alemão acolá:
"Não sou um homem; sou dinamite".