Tempo das coisas
Tempo de partida
Tempo da bola
Tempo de ida
Tempo da volta
Tempo da música
Tempo da dúvida
Tempo de bater
Tempo de correr
Ganho tempo e com o tempo.
Logo eu, que a ninguém convenço
De que não quero paz,
Nem o que ficou para trás
Atrás de tempo,
De dinheiro,
Da metade ou do inteiro,
Do que ainda vem ou do primeiro.
Eu quero meu tempo e com o tempo.
Logo eu, que a ninguém convenço
De que quero rir de tudo,
Rir do começo e do fim do mundo.
Eu não rezo o quinto, o quarto nem o terço.
Eu não quero seu tempo nem dinheiro.
Eu não quero o liberto, o fraterno ou igualdade,
Nem rebanho, multidão ou caridade.
Eu quero meu tempo e com o tempo.
Logo eu, que a ninguém convenço
Que não quero humanos, quero gente.
Quero a queda, o apogeu e o que está entre.
Entreposto, entre linhas e entre as pernas
De uma, outra ou todas elas tão belas...
Indefesas ou armadas,
Perdidas ou achadas.
É desejo de tudo
Esse tempo de desejo:
O eterno retorno ao mundo
Do desejo que já veio.
Eterno retorno proibido
Do beijo roubado e bandido.
Dos fogos da ironia:
Escuridão à luz do dia.
“O dia de hoje acaba, mas e amanhã?”
Perguntou-se a cristã.
Querida, é assim mesmo. É o tempo da vida!
As coisas passam, assim como dia.
O tempo do acaso: eu desejo isso.
Sim, sem ensaio - a vida é ao vivo!
Tempo da bola
Tempo de ida
Tempo da volta
Tempo da música
Tempo da dúvida
Tempo de bater
Tempo de correr
Ganho tempo e com o tempo.
Logo eu, que a ninguém convenço
De que não quero paz,
Nem o que ficou para trás
Atrás de tempo,
De dinheiro,
Da metade ou do inteiro,
Do que ainda vem ou do primeiro.
Eu quero meu tempo e com o tempo.
Logo eu, que a ninguém convenço
De que quero rir de tudo,
Rir do começo e do fim do mundo.
Eu não rezo o quinto, o quarto nem o terço.
Eu não quero seu tempo nem dinheiro.
Eu não quero o liberto, o fraterno ou igualdade,
Nem rebanho, multidão ou caridade.
Eu quero meu tempo e com o tempo.
Logo eu, que a ninguém convenço
Que não quero humanos, quero gente.
Quero a queda, o apogeu e o que está entre.
Entreposto, entre linhas e entre as pernas
De uma, outra ou todas elas tão belas...
Indefesas ou armadas,
Perdidas ou achadas.
É desejo de tudo
Esse tempo de desejo:
O eterno retorno ao mundo
Do desejo que já veio.
Eterno retorno proibido
Do beijo roubado e bandido.
Dos fogos da ironia:
Escuridão à luz do dia.
“O dia de hoje acaba, mas e amanhã?”
Perguntou-se a cristã.
Querida, é assim mesmo. É o tempo da vida!
As coisas passam, assim como dia.
O tempo do acaso: eu desejo isso.
Sim, sem ensaio - a vida é ao vivo!